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Mestre Tabosa, discípulo do Mestre Arraia, deu continuidade à Capoeira de Brasília desde 1964. Ganhador do "Berimbau de Ouro" junto com o Grupo Senzala em 67, 68 e 69. Em 1974 inaugurou a Primeira Academia de Capoeira e Ginástica oficial de Brasília, a Academia Tabosa. Interessou-se também por outros esportes como Judô (Faixa Preta), Sumô, Esgrima, Professor Renomado de Ginástica Localizada Brasileira e Competições de Maratonas, Triatlons e Canoagens. Na área das Artes participou de Teatro, Cinema e Pioneiro nos Palcos de Músicas de Brasília participando de vários Shows e Concursos de Música Popular Brasileira como Intérprete e Compositor, um polímata. Seu Blog vai disponibilizar todas as facetas deste Grande Homem Sempre à Frente do seu Tempo. Dedicado principalmente à Capoeira, nossa Arte Luta, genuinamente Brasileira. Uma Lenda Viva!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Representando o Brasil na Líbia

1985 - Mestre Tabosa foi convidado para Representar o Brasil na Líbia, contudo como estava a frente de vários projeto de capoeira como o 2o. Curso do Mestre Peixinho e a participação de seus alunos nos JEBs, para atender o convite, Mestre Tabosa achou por bem enviar dois Contramestres da Academia Tabosa para o representar: Bailarino (Waltercílio Ataliba José da Silva) e Ralil (Ralil Nassif Salomão).



Líbia








Alunos de Mestre Tabosa: Ralil e Bailarino














segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Entrevista escrita para o G1

 21/04/2016 17h43 - Atualizado em 21/04/2016 17h43

Pioneiro da capoeira em Brasília fala do amor à cidade e ao esporte

Mestre Tabosa recebeu o título de Cidadão Honorário do Distrito Federal.
Sua trajetória na capoeira em Brasília virou livro e documentário.

Mestre Tabosa, pioneiro da capoeira em Brasília (Foto: Bárbara Nascimento/G1)Mestre Tabosa, pioneiro da capoeira em Brasília (Foto: Bárbara Nascimento/G1)











Hélio Tabosa de Moraes veio para Brasília com 12 anos, em 1960. O pai, que era militar, foi transferido para a capital e Tabosa achava a cidade um pouco entediante. "Não tinha nada no começo, as coisas ainda estavam acontecendo por aqui". Hoje, mais conhecido como Mestre Tabosa, o senhor de 69 anos acha a cidade um dos lugares mais bonitos do mundo. Nascido no Rio de Janeiro, se considera "muito mais brasiliense do que qualquer outra coisa". Foi aqui que conheceu seus dois amores: a mulher, Tereza, e a capoeira.

Eu não conhecia de perto a capoeira, mas a vibração dentro de mim me fazia querer aprender. "
Mestre Tabosa

Mestre Tabosa foi o fundador da primeira academia de capoeira e um dos primeiros professores da luta no Distrito Federal. Formou mais de 20 pessoas, entre elas a primeira mulher do Brasil a receber a corda vermelha, que na capoeira de Tabosa significa se tornar mestre, abaixo somente da corda branca. "Ela foi para os Estados Unidos e até hoje ensina capoeira lá. Fiquei muito orgulhoso, mas o mérito é todo dela."

Tabosa começou na capoeira em 1964, após assistir uma exibição no Elefante Branco. "Eu não conhecia de perto a capoeira, mas a vibração dentro de mim me fazia querer aprender. Quando vi a exibição do Mestre Arraia, só pela destreza dessa pessoa, eu decidi fazer", conta. Mestre Arraia, que veio da Bahia para Brasília, virou seu mentor e professor. "Foi por pouco tempo. Arraia era metido em movimentos políticos, teve que sair fugido daqui depois do golpe militar."

Anos depois, em 1968, Tabosa foi convidado pela Universidade de Brasília para dar aulas de capoeira por meio da federação de educação física da instituição. Durante esse período, Tabosa foi campeão da competição nacional "Berimbau de Ouro", que acontecia no Rio de Janeiro. Ele e dois amigos receberam o troféu em formato de berimbau, que era feito de ouro mesmo, mas foram furtados dias depois. "Nem deu pra ficar rico", comenta.

Mestre Tabosa (Foto: Lucas Ribeiro/Arquivo Pessoal)Mestre Tabosa (Foto: Lucas Ribeiro/Arquivo Pessoal)

Entre 1964 e 1970, a capoeira foi crescendo na capital e grupos foram formados, que Tabosa descreve como sendo "gangues". "A capoeira antigamente era mais violenta, as pessoas formavam gangues mesmo. Na rua, tinha briga, tinha luta. Eu sempre fui da paz."

Tabosa também foi convidado a se apresentar no Palácio do Buriti para a filha do ex-presidente Ernesto Geisel. "Foi algo um pouco confuso, fui pego de surpresa. Meu pai sendo militar, não podia me envolver muito com essas questões políticas, não poderia recusar. Acabou que me senti lisonjeado", diz.

A ideia de inaugurar a academia de capoeira surgiu depois que um amigo voltou de um intercâmbio nos Estados Unidos. "Ele veio cheio de ideias no campo comercial. Ele propôs pra mim, já que eu tinha um certo nome na comunidade aqui. No início eu fui contra e não queria me meter muito nisso", diz. Na época, Tabosa ainda cursava direito no Ceub. "Acabou que a capoeira virou a coisa mais importante da minha vida. Nunca virei advogado."

Em 1974, Tabosa, que já era mestre, fundou a Academia Tabosa de Capoeira e Ginástica com seu amigo Robson Machado, na 505 Sul. "Tinha pouca gente, inicialmente. Eu tinha toda a preocupação de pagar os custos fixos da academia e tudo, mas nos primeiros dois meses já tinha orçamento suficiente pra honrar os custos", diz. A academia já chegou a receber mais de 200 alunos de capoeira. "Já tive que dar aula em um ginásio uma vez porque não tinha espaço."

A academia funcionou por 26 anos e mudou de lugar duas vezes: foi para a 506 Sul e para a Asa Norte. Em 2002, Tabosa resolveu ir para o Rio de Janeiro com a esposa, depois de ter passado o negócio para alunos. "Já estava cansado e fui para Búzios, mas continuava vindo para Brasília sempre que podia, para dar palestras e oficinas".

Tabosa diz que tentou morar em Búzios por ter se decepcionado com Brasília. "No início de 90, o filho da jornalista [Valéria] Velasco foi assassinado por uma gangue que praticava artes marciais e as pessoas começaram a demonizar qualquer tipo de luta", diz. "Depois disso fiquei desanimado com a cidade."

Mestre Tabosa (Foto: Bárbara Nascimento/G1)Mestre Tabosa (Foto: Bárbara Nascimento/G1)

Apesar de ter se mudado para o Rio de Janeiro, Tabosa sentia falta da capital. "Todo mês eu estava aqui e resolvi voltar. Brasília tem essa energia mística que faz a gente querer voltar e nunca sair", declara. "Qualidade de vida não é morar na beira da praia. É você sair, ter amigos, ser reconhecido. É você estar numa cidade em que você se locomove facilmente", completa.

"Brasília é muito mais forte em mim que o Rio. Meu ginásio foi todo aqui, minha universidade foi aqui, a academia, o esporte. De 60 até agora, você vê, 56 anos. É um tempão", diz. Hoje, Tabosa mora no Lago Sul, bairro que fica às margens do lago que, para ele, é o melhor lugar de Brasília. "É o pulmão de Brasília. Gosto de acordar e ver o lago, gosto de remar de manhã e sentir a calmaria."

Graduação
Mestre Tabosa, enquanto ensinava capoeira na academia, criou sua própria forma de graduação no esporte. A corda branca com pontas vermelhas amarrada na cintura caracteriza o nível mais alto de formação de um capoeirista que aprendeu com Tabosa. "Cada estado, cada lugar tem um jeito de formar, cores diferentes de graduação", explica.

Brasília tem essa energia mística que faz a gente querer voltar e nunca sair"
Mestre Tabosa

Tabosa criou um jeito próprio de avaliar os capoeiristas brasilienses, baseando as cores da corda nas cores dos sete orixás da umbanda para mostrar cada evolução. Para o mestre, a umbanda sintetiza a fé do negro escravo. "Escolhi a umbanda porque ela é uma religião afrobrasileira, assim como a capoeira. A fé era a única coisa que o negro tinha. Eu resolvi homenagear o negro africano, que veio no navio negreiro, mas que pariu a capoeira em solo verde e amarelo", diz.

As cores da gruação de Tabosa, do nível inicial ao nível mais avançado, são azul, que representa Iemanjá, verde, que representa Oxó, amarelo, que representa Iansã, roxo, que representa Oxum, marrom, que representa Xangô, vermelho, que representa Ogum, e branco, que representa Oxalá. "As três primeiras cores formam a bandeira do Brasil."

Na umbanda, Oxalá simboliza o mais elevado estágio vibratório. Representa a paz, o amor, o abrigo, a resignação, a dignidade e o exemplo maior de evolução espiritual. "A corda branca com pontas vermelhas também homenageiam Ogum, divindade guerreira".

Mestre Tabosa  (Foto: Bárbara Nascimento/G1)Mestre Tabosa (Foto: Bárbara Nascimento/G1)

Reconhecimento
Em 2010, Mestre Tabosa recebeu o título de cidadão honorário de Brasília, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, por ser pioneiro da capoeira na cidade e pela divulgação do esporte. "A gente pensa que não tem ninguém vendo o que a gente está fazendo. Às vezes você dá o seu melhor e parece que ninguém está prestando atenção, mas sempre tem alguém vendo. Fiquei extremamente feliz de receber esse título."

Além do título, Tabosa publicou um livro com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura. O livro, "O filho de Xangô", foi distribuído em todas as bibliotecas públicas do DF e conta a história de Tabosa e da capoeira em Brasília. Xangô, nas religiões africanas, é o orixá da justiça, do trovão e do fogo. "Um amigo meu me deu a ideia de contar a minha história, que é muito próxima da história de Brasília. Se eu não contasse, ela poderia se perder."

(Bárbara Nascimento, do G1 DF)

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/04/pioneiro-da-capoeira-em-brasilia-fala-do-amor-cidade-e-ao-esporte.htm
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Jornal Praia Verde - Raízes Set/1985

Mestre Tabosa foi entrevistado para o Jornal Praia Verde - Raízes - Ano I - Setembro/85 - Brasília DF sobre a Capoeira as Tradições e Influências.












 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Diploma de Honra ao Mérito de Pioneiro na Capoeira no Distrito Federal

A Federação de Capoeira do DF, filiada à Confederação Brasileira de Capoeira fez homenagem ao Mestre Tabosa pelos Serviços Prestados à Cultura Brasileira e em Especial pelo Pioneirismo na Divulgação da Capoeira no Distrito Federal.


O proposto documento está registrado sob o livro de no. 01, da FCDF

20/12/1997






Clique nos links abaixo para conhecer a história de Mestre Tabosa









A CAPOEIRA CHORA! Homenagem para o Mestre Peixinho

Jornal - Mestre Tabosa foi Palestrante e Representante da Jornada Contra a Violência e Direitos Humanos - Cidadania

Em 1984 Mestre Tabosa (DF) da Academia Tabosa, Mestre Acordeon (BA) (Ubirajara Almeida) e Mestre Corvo (RJ) da Associação Cruzeiro do Sul, foram convidados para o Evento Circo Voador “Encontro Mundial do Meio Ambiente e os 500 Anos do Descobrimento da América” realizado no Rio de Janeiro, onde palestraram sobre a Violência na Capoeira.

Em 1993 Mestre Tabosa foi convidado pelo Presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Cidadania para a “Jornada Contra a Violência”, realizado pela Câmara Legislativa do DF. Debates acerca da violência, buscando suas causas, empreender ações e divulgação nas academias.









DECLARAÇÃO DE HÉLIO TABOSA DE MORAES PARA SENHORTURIBA, Referente às academias de Brasília que sofreram toda a sorte de arbitrariedade em função de um crime cometido por covardes.









quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Mestre Arraia e seus Mestres

Aldenor Carvalho Benjamin (Mestre Arraia)


Foto cedida pelo Rodrigo Miranda para o Mestre Tiago Baldez


1963 - Mestre Arraia chega em Brasília

Aldenor Carvalho Benjamin, natural de Jacobina/BA, nasceu no dia 17/01/46. Chegou em Brasília para estudar no Colégio Elefante Branco, veio acompanhar a mãe Arlinda e seu pai Amarílio Aroldo Benjamim da Silva chegou em Brasília 1960 para assumir o cargo de Ministro do Tribunal Federal de Recursos.

(*) Posteriormente, Aldenor ingressou no curso de Direito no CEUB.



1964
Mestre Tabosa iniciou na Capoeira no Distrito Federal no Colégio Elefante Branco aos 17 anos de idade, após demonstração de capoeira do Mestre Arraia. 


Relato do Mestre Tabosa 

"Estava num intervalo de aula, quando alguém disse que estava tendo uma exibição de Capoeira num determinado local. Falei comigo, é agora que eu vou ver como é essa tal de Capoeira. Corri para o local e me deparei com somente uma pessoa, a falar muito sobre o assunto e a desferir alguns golpes rente a cabeça daqueles que estavam próximos!

A princípio fiquei reticente em ver aquele falador, mas a destreza de seus golpes sobre as cabeças dos expectadores me deixou impressionado que pensei, “se eu conseguir dar um golpe desta forma, já me dou por satisfeito”, acho que fui seu primeiro aluno matriculado no Elefante Branco.

Aldenor Benjamim, para nós mais tarde, mestre Arraia, filho de ministro do governo, vindo transferido da Bahia para a capital, aluno também do científico um ano a minha frente.

No primeiro dia de aula, Aldenor foi jogar futebol no campo do Elefante e mandou o Mardônio dar a nossa primeira aula! Outro baiano que nunca mais vi.

Mardônio relatou ao Aldenor que a turma era boa e que tinha um aluno que já tinha aprendido a sequência bem rápido!

Aldenor nunca admitiu que quem deu a nossa primeira aula foi o Mardônio, queria para ele esse direito!

Foi aí que tive contato dentre muitos que ali passaram como alunos, o Claudio Queiroz, hoje mestre Danadinho, Alfredo Eustáquio Pinto, hoje mestre Fritz. Cito mais os dois, porque logo depois o Aldenor por estar envolvido em política estudantil (estávamos pós 1964, ano da revolução), teve que ser transferido de volta para a Bahia e nós três, tivemos que dar prosseguimento a Capoeira em Brasília."



Apresentação no SESC 505 Sul: (berimbaus) Mestre Tabosa e
Jorge Cascata. Mestre Adilson (calça listrada), Mestre Arraia
Clodoaldo.

Apresentação no SESC 505 Sul: Mestre Tabosa arremessado por 
Clodoaldo em pé da esquerda par a direita: Grande Péricles 
(Molinha), no berimbau Clodomir, no berimbau do centro Mestre Arraia,
 Jorge Cascata no pandeiro e Mestre Adilson ao seu lado.

1966 - Mestre Arraia sai de Brasília

Mestre Arraia realiza exibições com um grupo da Academia do Mestre Pastinha em Salvador e Passou a ensinar capoeira para os meninos de sua rua, com a intenção de voltar para Brasília e reabrir sua academia.

 
Reportagem na antiga Revista Realidade em 1967. 
Mestre João Grande no pandeiro da direita,
Mestre Arraia na palma, na extrema esquerda da foto
(Foto cedida pelo Mestre Adilson ao Mestre Tiago Baldez)



(*) Curiosidade

O berimbau  da foto acima foi pintado pelo Mestre Waldemar da Liberdade. Esta atitude virou uma tradição. (perfeita observação do Clayton Pontes Boris


 
(*) Exatamente neste dia da foto abaixo, Mestre Waldemar deu de presente para o       Mestre Tabosa, um berimbau pintado por ele.


Mestre Waldemar da Liberdade (na janela),  Mestre Tabosa, Mestre Eziquiel,
Sérgio Graça 
da Seed/Mec, Mestre Itapoan,
Prof. Barbieri e Mestre Luiz Renato em Salvador  - 1989 


Um registro incrível que o Mestre Boca conseguiu achar e compartilhar conosco. Trata-se de um evento no Le Corbusier na década de 80 onde Mestre Tabosa está usando o Berimbau que ganhou do Mestre Waldemar da Liberdade. Foto da esquerda para a direita: Popó (pandeiro), Boca (atabaque), Mestre Tabosa (berimbau), Japão (atabaque), no pé do berimbau estão o Zé Bacurau (todos alunos de Mestre Tabosa na época).
Mestre Tabosa e a Verga do Berimbau que ganhou do Mestre Waldemar da Liberdade
em 1988 e reencontrado HOJE, dia 04/03/2021


Em 1968 Mestre Arraia dá entrevista sobre seus alunos:

“... Hélio Tabosa foi para a UnB,
Cláudio no Elefante Branco e depois
para o Rio conhecer o Grupo Senzala e
o Fritz passou a fazer demonstrações
de capoeira em Brasília...”.

O Cláudio (Cláudio Danadinho), Hélio Tabosa (Tabosa) e Alfredo Eustáquio (Fritz) continuaram as aulas no Elefante Branco, até quando são convidados para fazer parte de uma Academia de Capoeira e de Judô com o Sensei Shiozawa e Sensei Kokitani, com a supervisão do Sensei Michio Ninomya, (o mais velho e reverenciado por todos os judocas), mas a academia durou pouco. Hélio Tabosa volta trabalhar no Banco Mercantil, Cláudio Queiroz foi dar aula no CIEM (escola pública) e depois vai para o Rio de Janeiro treinar com o Grupo Senzala e Fritz continuou a fazer demonstrações de capoeira em Brasília.


Mestres Tabosa no pandeiro, Cláudio Danadinho do berimbau 
do centro e Fritz no segundo berimbau - 1966


1967-1968-1969 - Berimbau de Ouro (Pioneiros)

Mestre TabosaMestre Cláudio Danadinho e Mestre Fritz são vencedores 3 X do "Berimbau de Ouro" junto com o Grupo Senzala

 “Berimbau de Ouro: Jogo da capoeira, Jogo do pau e Jogo da faca"


Participantes do primeiro Berimbau de Ouro homenageado pelo Mestre Toni Vargas: Paulo e Rafael, Itamar, Gato, Maranhão, Gil Velho, Garrincha, Cláudio de Brasília, Tabosa, Peixinho, Mosquito e Borracha.


Em 1969 Adilson (17 anos) foi levados pelo Mestre Tabosa (20 anos) para o Berimbau de Ouro.

Mestre Tabosa no intercâmbio com o Grupo Senzala

Mestre Tabosa e Mestre Gato - Senzala - RJ
(acervo do Mestre Itamar)


Vencedores do Berimbau de Ouro (1967/ 1968/ 1969)
Mestres: Rafael Flores, Paulo Flores, Gato, Garrincha, Gil Velho, Sorriso, Preguiça, Borracha, Mosquito, Maranhão, Nestor, Itamar, Cláudio Danadinho, Peixinho, Tabosa, Fritz e Adilson


Vivências com o Grupo Senzala - 1968

Mestre Leopoldina no berimbau e chapéu, Mestre Luiz  Paulo - ES 
(no berimbau da direita), Mestre Tabosa e Mestre Toni Vargas jogando.

Mestre Peixinho (atabaque), Mestre Toni Vargas e Mestre Tabosa (no balão) e
Mestre Leopoldina (com chapéu, no berimbau).

Mestre Luiz Paulo - ES (no berimbau da direita, próximo ao atabaque) e
Mestre Tabosa na queda de rins, jogando com o Mestre Toni Vargas.

Rafael, representante do Grupo Senzala recebendo o Berimbau de Ouro
por todos os participantes acima citados.

 

1968 a 1973
Mestre Tabosa foi convidado pela FAUNB para implantar a capoeira na UnB, Mestre Cláudio foi dar aulas no Elefante Branco e depois foi para o Rio de Janeiro e conheceu o Grupo Senzala e o Fritz passou a fazer demonstrações de capoeira em Brasília

Mestre Tabosa e seus alunos na UnB

1974 - Mestre Tabosa abre a primeira Academia formal de Brasília, a Academia Tabosa

Se não o primeiro, Mestre Tabosa dependurou a FOTO DO MESTRE BIMBA na parede como 
Símbolo da Capoeira Regional que ele representa e difunde com dedicação. 
(acervo do Mestre Tabosa)


1978 - Mestre Arraia volta para Brasília

Relato de Mestre Tabosa

Mestre Aldenor segundo conta a lenda, não era capoeirista de academia, aliás somente quem fosse matriculado da academia do Mestre Bimba ou do Mestre Pastinha, podia ser chamado assim! A maioria surgia da vivência da rua, como muitos nomes que hoje conhecemos, mestre Traíra, Waldemar da Liberdade e muitos!

 


Mestre Bimba

Aldenor contava que era vizinho de Ubirajara, o Bira, que hoje conhecemos como mestre Acordeon, esse pelo lado da capoeira Regional, donde trocavam conhecimentos em seus treinos de garagem e pelo lado da Angola tinha amizade com Roberto Satanás!

Capoeira Regional

Mestre Acordeon

Capoeira Angola


Mestre Gildo Alfinete, Mestre Pastinha e Robertinho Satanás

Minha identidade com a capoeira Regional se deu desde o início do meu aprendizado, pois a fase do Aldenor quando chegou em Brasília era de um jogo rápido, de certa forma violento, sem muito uso de rolês nem tão pouco de fazer qualquer tipo de chamada, que só fui ver bem mais tarde na capoeira Angola.

        Mestre Pastinha

Quando ele vai pra Bahia saindo de Brasília por problemas políticos, eu o vi em fotos de revista, como a revista Manchete e outras da época, junto com os capoeiras do mestre Pastinha, o que chamou minha atenção, mas eu já estava muito envolvido com o formato da capoeira Regional, onde até mesmo usava a sequência de ensino, que uso até hoje, claro com algumas adaptações, que sei que mestre Bimba também o faria!

 

Quando Aldenor retorna pra Brasília, quase não o vi, a não ser nas rodas de sábados na minha academia, onde participou de forma discreta e que eu respeitei aquele seu momento. Momento esse que ele estava envolvido com a capoeira Angola e passou seus ensinamentos ao mestre Barto!  
 

Mestre Arraia quando foi visitar a Academia Tabosa. Ele está em pé de blusa vermelha
 
assistindo a roda dos alunos de Mestre Tabosa. No berimbau Metre Tabosa, 
Mestre Gato e seu filho "Gatinho", no pandeiro Fred Arquiteto (aluno de Mestre Tabosa)
(Foto cedida pelo Historiador Rubens Cavalcante)


1985 - Mestre Arraia volta para Bahia

Segundo o relato da filha, Marília Benjamin, após separação Mestre Arraia volta para Salvador. Em 1990 encontra a sua nova esposa, mas continuou voltando à Brasília para visitar a família.

2005 - Mestre Arraia deixa o seu legado na Capoeira

Mestre Arraia faleceu no dia 14/01/2005 em Porto Seguro - Bahia.

2011 - Título de Cidadão Honorário

A Câmara Legislativa do DF concedeu o Título de Cidadão Honorário de Brasília a Aldenor Benjamim (Mestre Arraia - in memoriam) entregue para a filha Marília, a Hélio Tabosa (Mestre Tabosa), Alfredo Eustáquio Pinto (Mestre Fritz) e a Cláudio José Pinheiro Villar de Queiroz (Mestre Cláudio Danadinho).

 


Mestre Cláudio Danadinho, Marília (filha de Mestre Arraia),
Deputada Eliana Pedrosa, Mestre Tabosa e Mestre Fritz



Os laços desta união através da capoeira ensinada pelo Mestre Arraia (Aldenor Benjamin) nos idos dos anos 60 permanecem firmes e fortes.


Mestre Fritz, Mestre Cláudio Danadinho e Mestre Tabosa

Mais sobe a História do início da Capoeira de Brasília (vídeos e fotos)

Mestre Tabosa na Rádio Cultura FM no Programa Barracão:
https://mestretabosa.blogspot.com/search?q=barrac%C3%A3o

Mestre Tabosa ao Vivo na Rádio Cultura FM no Projeto Saberes dos Mestres na Capital - 1a. Edição: 

http://mestretabosa.blogspot.com/2017/12/mestre-tabosa-ao-vivo-na-radio-cultura.html

Mestre Tabosa e sua Roda no Projeto Saberes dos Mestres na Capital - 1a. Edição:

http://mestretabosa.blogspot.com/2017/12/mestre-tabosa-e-sua-roda-no-i-projeto.html

Resgate da História do Nosso Grande Mestre Arraia com fotos e texto da filha Marília:


LIVE dos Discípulos de Mestre Arraia
(A História da Capoeira de Brasília sendo contada pelo Mestre Hélio Tabosa, Mestre Cláudio Danadinho e Mestre Barto em momentos diferentes de aprendizado:
https://mestretabosa.blogspot.com/2021/07/live-dos-discipulos-de-mestre-arraia.html