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Mestre Tabosa, discípulo do Mestre Arraia, deu continuidade à Capoeira de Brasília desde 1964. Ganhador do "Berimbau de Ouro" junto com o Grupo Senzala em 67, 68 e 69. Em 1974 inaugurou a Primeira Academia de Capoeira e Ginástica oficial de Brasília, a Academia Tabosa. Interessou-se também por outros esportes como Judô (Faixa Preta), Sumô, Esgrima, Professor Renomado de Ginástica Localizada Brasileira e Competições de Maratonas, Triatlons e Canoagens. Na área das Artes participou de Teatro, Cinema e Pioneiro nos Palcos de Músicas de Brasília participando de vários Shows e Concursos de Música Popular Brasileira como Intérprete e Compositor, um polímata. Seu Blog vai disponibilizar todas as facetas deste Grande Homem Sempre à Frente do seu Tempo. Dedicado principalmente à Capoeira, nossa Arte Luta, genuinamente Brasileira. Uma Lenda Viva!

quinta-feira, 27 de março de 2014

"H"istórias da Capoeira - Mestre Adilson

Registros cantados das Histórias da Capoeira vivenciadas pelo Mestre Adilson

 
Mais "H"ïstórias sobre Mestre Bimba
 
CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1977 às 12 07 PM

 É isso aí Adilson! Alguém que foi testemunha ocular do fato, pessoa  idônea, tanto no universo da capoeira, como cidadão, faz um registro da história oculta do mestre Bimba em Goiânia, oculta, pela política que querem alguns que seja, pois desta forma quem sabe, os desinformados, nunca saberão da verdade! Nunca saberiam, pois agora vão saber do próprio mestre Adilson. Alguém questiona??? Abraços, Tabosa

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mestre Tabosa na Formatura de Capoeira do Grupo Origens do Brasil - São Paulo

 
Mestre Tabosa foi convidado pelo Mestre Adelmo para participar da Formatura de Capoeira do Grupo Origens do Brasil. O evento será realizado em São Paulo, dia 15 de fevereiro de 2014.

AMO - ASSOCIAÇÃO MUNDIAL ORIGENS
UICC - UNIÃO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA E CULTURA

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

GRÃO-MESTRE - “SER OU NÃO SER”


GRÃO-MESTRE - “SER OU NÃO SER”

Camisa Roxa, segundo me falaram, ao ser indagado num evento realizado em Siribinha - BA sobre o título de Grão-Mestre que recebera havia pouco tempo, respondeu: “existem tantos mestres de capoeira hoje em dia, que parece com a areia de um oceano! Eu sou apenas um grão desta areia”.

Muito interessante e sábia a resposta!

Conhecendo mestre Camisa Roxa, como o conheci, pois na década de 70 tive o prazer do primeiro contato com ele, quando precisou da ajuda para montar um show do seu grupo folclórico “Olodumaré”, aqui em Brasília, show do qual também participei e que depois fomos nos apresentar em Belo Horizonte. Entretanto, quando o grupo foi para o exterior, apesar do convite do Camisa, eu amarelei, fiquei no Brasil.

Interessante registrar um episódio que aconteceu, no momento em que fui recebê-lo na antiga rodoviária de Brasília, junto com mestre Adilson, quando numa daquelas coincidências ímpares, vem na nossa direção caminhando, o grande mestre Bimba, que também tive a oportunidade de ser apresentando pelo próprio Camisa, que em tempo, de maneira nervosa me disse: “não diga ao mestre qual o motivo da minha vinda aqui em Brasília”.

Naquele momento eu ainda não sabia das intenções do Camisa, uma vez que tinha acabado de conhecê-lo!

A preocupação do Camisa Roxa era a de que o mestre Bimba soubesse que ele estava montando um espetáculo de capoeira, perto do show que ele iria dar! Diga-se de passagem, que esse “perto” correspondia a 200 km de distância, que é a distância de Brasília à Goiânia, onde seria o seu show!

O que eu pude observar desse comportamento do Camisa Roxa, claro, foi o grande respeito e consideração que tinha para com o mestre Bimba!

Tenho certeza que se pudéssemos criar uma atmosfera desse encontro que já se passou o que hoje é impossível, uma vez que os dois estão no andar de cima, com toda certeza mestre Camisa Roxa, teria me pedido: “não fale nada ao mestre Bimba do título de Grão-Mestre que recebi”, pois como poderia ele explicar que seu título era superior ao do Mestre Bimba!

Por esta razão, achei interessante a resposta do mestre Camisa Roxa a respeito do grão de areia, que na verdade é um daqueles “bom rolê” do capoeira, visto que, no universo da capoeira, esse título ainda nem existe.  Portanto, a resposta em forma de brincadeira, faz sentido, tem sabedoria!

O fato de existirem muitos mestres de capoeira hoje em dia, não acho que deva ser um motivo de incomodo, como alguns mestres assim enxergam. Isso porque, assim como existem “artistas” e artistas, “médicos” e médicos, “mestres” e mestres, assim como também existem “cachorros vira-lata” e cachorros vira-lata, quero dizer que em todos esses exemplos, sempre se sobressaem os que são “especiais”!

Mestre é um título de ofício, de trabalho, de um pescador que se destaca dentre todos na sua comunidade e é consagrado por todos! E assim acontece com todos: pintor, músico, capoeira, etc. É preciso que haja uma força maior a fim de que defina quem deva ter essa consagração dentro da comunidade que atua!

Grão-Mestre, para mim, é um título místico, dado principalmente pela maçonaria, entidade que existe há muito na nossa sociedade e que de forma secreta e fechada, tem uma normatização própria que confere esse título a alguém dos seus membros.

Recentemente um discípulo meu, que também é mestre, mestre Skisyto, afirmou que o que está acontecendo na capoeira: é porque ela não tem dono!

Respondi ao “gafanhoto”, que era isso que eu achava interessante na capoeira, ela não precisa de dono, nós que vivenciamos dentro da sua energia, percebemos de maneira empírica, quando ela determina, adequa as normas, mesmo de maneira implícita, mas que sentimos que tem força de fato!

Percebo que não é preciso ser doutor na capoeira para entender isso, a grande maioria sabe diferenciar muito bem, por terem um olhar crítico natural, a capacidade de identificar o que é certo e desconfiar do que é errado!

Trago essa discussão à tona antes que algum aventureiro embarque neste navio, quando ainda há tempo de não cair nesta cilada.

Também chamo a atenção essa inversão de valores que está começando a aparecer no nosso meio! Quem está graduando o Grão-Mestre, são os próprios alunos daquele mestre e isso é no mínimo estranho, pois nesse momento, essa consagração é reconhecida somente por aqueles que estão envolvidos diretamente com o seu mestre, o universo da capoeira, não participa deste evento!

Vamos esperar meus camaradas, que como um capoeira de coração e atitude, sejamos algum “Capoeira Especial”!

Brasília, DF, 1 de janeiro de 2014

HÉLIO TABOSA DE MORAES - Mestre Tabosa


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

2014 - soma - 7 “A MÍSTICA DA CAPOEIRA”

Ano das revelações, quando a congruência dos astros se equilibram e emanam aos homens, esta energia, que também se equilibram, procurando neste contexto quem sabe, a união!
A vida nos ensina que, quando existe amor no que fazemos, não existe perda, porque o amor soma e transforma!
Por esta razão, me transporto agora ao ano de 1974, ano em que abri a Academia Tabosa, e me deparei com o desafio de criar uma sistematização de graduação, cujo anseio dos alunos me exigia que assim o fizesse, uma vez que naquela época, quase nada existia neste sentido.
Era necessário termos uma forma disciplinar e educacional, pela qual podíamos acompanhar a evolução técnica do aluno, compensando-o com um reconhecimento deste esforço, através da ascensão que o sistema de graduação contemplava.
Para quem não dá aula, isso fica de difícil compreensão, mas, para quem milita nesta área do esporte de luta, principalmente, nos ajuda em muito atuar no lado psicológico dos nossos alunos, satisfazendo seus egos!

Passadas quatro décadas do sistema de graduação que criei, apesar do tempo não existir, quando ele na verdade é um estado da consciência muitas vezes marcado pelos nossos feitos , deparo-me, pesquisando pela internet, com um artigo do “Jornal de Brasília” datado de 15 de Abril de 1979, disponibilizado pelo site da Funarte-INF, em que o Zulu dá um depoimento que vem ao encontro deste assunto, e que ele faz um registro desta minha graduação, onde afirma que usa esse sistema com seus alunos a partir de então!
Para quem quiser ter acesso a esse registro, pode seguir os passos que eu fiz pela internet: primeiro, digita o título - sistema de graduação Tabosa-Zulu. Uma tela vai abrir e se não mudou, o quarto item  está escrito-CDU, clica-se neste item e entra uma outra tela pedindo para digitar à esquerda no alto, no campo indicado - sistema de graduação, pronto,  entra a tela com a reportagem em questão.
Vale lembrar que quando fiz esta graduação, tinha em mente, entretanto sem nenhum cunho religioso, homenagear aqueles que para mim, oprimidos pela escravidão, pela solidão, pelo banzo da saudade de sua terra natal, África, tiveram a força de criar uma luta de resistência, munidos por um dos três maiores pilares que equilibra um ser humano em seu estado psicológico, que são: trabalho, família e a crença, que é à força de uma religião.

 Como sabemos, trabalho, inexistia, pois eram mantidos escravos; família, dissipada pela separação abrupta da escravidão; só restou mesmo, a crença para mantê-los de pé! Crença essa que procurei me amparar, na tradição da África,  baseando-me nos Orixás.
Como seus rituais, tem muita correspondência do lugar do continente africano em que viviam, achei prudente me basear nos Orixás que regem a Umbanda, que são sete, uma vez que a umbanda sintetiza no Brasil, a religião africana! Assim eu fugiria da polêmica que as nações do Candomblé têm. Devo aqui uma explicação de como tudo aconteceu, que também por uma questão do acaso, tive a necessidade de fazer esta graduação, baseada nos Orixás!
Estava no Rio de Janeiro, já voltando para Brasília, e não tinha conseguido junto a Senzala, trazer o sistema de graduação que eles usavam!
A Senzala, devo dizer, que era um grupo de capoeira que eu tinha muita afinidade, pois participei dos três momentos do Berimbau de Ouro, junto com eles!  
O grupo Senzala tinha um sistema de graduação, cujo embasamento não tinha muita lógica, onde o próprio Peixinho, não sabia dar uma boa explicação das razões das cores, nem da hierarquia da sua graduação!
Foi então que em outro momento, pensando em como poderia criar um sistema de graduação, percebi que estava em frente a uma casa que vendia artigos de Umbanda, e que algumas contas guias, me chamaram a atenção! Aproveitei e comprei uma guia que regia a Umbanda, com seus sete Orixás!
Para manter aquela força do acaso, segui as cores da mesma forma em que estavam alinhadas na guia, ou seja: azul, marrom, verde, amarelo, roxo, vermelho e branco.
Como disse, para fugir da polêmica dos Orixás no estudo do Candomblé, fiz um estudo baseado no livro de Umbanda “o livro do exército Branco de Oxalá” de Marcio Barcelos, que assim determinava: Azul- Iemanjá, Marrom - Xangô, Verde - Oxóssi, Amarelo - Iansã, Roxo - Oxum, Vermelho - Ogum e Branco - Oxalá.
2014, um ano de revelação e também de harmonia devido a sua soma ser sete, número cabalístico, que simboliza dentre outras coisas, Sorte!

Fico com o coração aberto, no ensinamento vindo, de novo, da nossa irmã África, que ao apagar das luzes do ano de 2013, Nelson Mandela nos deixou um legado: que através do esporte se une uma Nação, mas através de um exemplo de humildade, procurando sempre se harmonizar com os outros, se uni várias nações e crenças, vide em sua partida para o outro plano, ou seja, “o andar de cima”, ele uniu o Planeta, com a presença de diversos presidentes, de diversas Nações e crenças, que vieram prestar suas últimas homenagens!
Devo dizer que bem no início do uso desta graduação em questão, Zulu, teve interesse em até me ajudar a desenvolver, tentando, além do embasamento dos Orixás, que eu já tinha criado, uma justificativa outra que viesse somar, quem sabe, visto por uma outra ótica, ajudaria o leigo, a ter uma melhor compreensão deste universo, da capoeira!

Também aproveito para registrar, que tenho informação que muitos grupos usam esse sistema de graduação que eu criei, não só no Brasil, mas também em outros países! O que me deixa  obrigado a ratificar e explicar  como foi todo esse processo de criação.

Como o “acaso“ com sua energia própria, cria o momento de um fato existir...

                É hora, é hora!

                Iê! É hora, é hora, camará!!!

                Brasília, DF 27 de dezembro de 2013                      

                HÉLIO TABOSA DE MORAES


Mais detalhes no link abaixo!

Jornal de Brasília, datado de 15 de Abril de 1979 - Site da Funarte - página 3

Digite no campo de pesquisa do site: Sistema de Graduação


http://www.docvirt.com/WI/hotpages/hotpage.aspx?bib=CDU&pagfis=2355&pesq=&esrc=s&url=http://docvirt.com/docreader.net

Clique na imagem para ler a reportagem realizada com o Mestre Zulu pelo Jornal de Brasília em 1979 sobre o Sistema de Graduação da Academia Tabosa.

Clique nos links abaixo para ler outras publicações escritas pelo Mestres Tabosa sobre o Sistema de Graduação, inserindo documentos na sequencia dos fatos e a Live sobre o assunto

A Quem Interessar Possa: 

História do Mestre Tabosa incluindo a do Sistema de Graduação:

Palestra ministrada pelo Mestre Tabosa para o Grupo União sobre o Sistema de Graduação da Academia Tabosa:





















 

sábado, 7 de dezembro de 2013

VISITA DO MESTRE TABOSA - CAPOEIRA UnB


A convite de Luiz Renato Vieira, Mestre Tabosa ministrou palestra no dia 05/12/2012  sobre
“A História da Capoeira”, realizado na Universidade de Brasília - UnB.