Mestre Tabosa foi convidado pelo Mestre Adelmo para participar da Formatura de Capoeira do Grupo Origens do Brasil. O evento será realizado em São Paulo, dia 15 de fevereiro de 2014.
AMO - ASSOCIAÇÃO MUNDIAL ORIGENS
UICC - UNIÃO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA E CULTURA
imagem
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
GRÃO-MESTRE - “SER OU NÃO SER”
GRÃO-MESTRE - “SER OU NÃO SER”
Camisa
Roxa, segundo me falaram, ao ser indagado num evento realizado em Siribinha - BA
sobre o título de Grão-Mestre que recebera havia pouco tempo, respondeu: “existem
tantos mestres de capoeira hoje em dia, que parece com a areia de um oceano! Eu
sou apenas um grão desta areia”.
Muito
interessante e sábia a resposta!
Conhecendo
mestre Camisa Roxa, como o conheci, pois na década de 70 tive o prazer do
primeiro contato com ele, quando precisou da ajuda para montar um show do seu
grupo folclórico “Olodumaré”, aqui em Brasília, show do qual também participei
e que depois fomos nos apresentar em Belo Horizonte. Entretanto, quando o grupo
foi para o exterior, apesar do convite do Camisa, eu amarelei, fiquei no
Brasil.
Interessante
registrar um episódio que aconteceu, no momento em que fui recebê-lo na antiga
rodoviária de Brasília, junto com mestre Adilson, quando numa daquelas coincidências
ímpares, vem na nossa direção caminhando, o grande mestre Bimba, que também
tive a oportunidade de ser apresentando pelo próprio Camisa, que em tempo, de
maneira nervosa me disse: “não diga ao mestre qual o motivo da minha vinda aqui
em Brasília”.
Naquele
momento eu ainda não sabia das intenções do Camisa, uma vez que tinha acabado
de conhecê-lo!
A
preocupação do Camisa Roxa era a de que o mestre Bimba soubesse que ele estava
montando um espetáculo de capoeira, perto do show que ele iria dar! Diga-se de
passagem, que esse “perto” correspondia a 200 km de distância, que é a
distância de Brasília à Goiânia, onde seria o seu show!
O
que eu pude observar desse comportamento do Camisa Roxa, claro, foi o grande
respeito e consideração que tinha para com o mestre Bimba!
Tenho
certeza que se pudéssemos criar uma atmosfera desse encontro que já se passou o
que hoje é impossível, uma vez que os dois estão no andar de cima, com toda
certeza mestre Camisa Roxa, teria me pedido: “não fale nada ao mestre Bimba do
título de Grão-Mestre que recebi”, pois como poderia ele explicar que seu
título era superior ao do Mestre Bimba!
Por
esta razão, achei interessante a resposta do mestre Camisa Roxa a respeito do
grão de areia, que na verdade é um daqueles “bom
rolê” do capoeira, visto que, no universo da capoeira, esse título ainda nem
existe. Portanto, a resposta em forma de
brincadeira, faz sentido, tem sabedoria!
O
fato de existirem muitos mestres de capoeira hoje em dia, não acho que deva ser
um motivo de incomodo, como alguns mestres assim enxergam. Isso porque, assim como existem “artistas” e
artistas, “médicos” e médicos, “mestres” e mestres, assim como também existem
“cachorros vira-lata” e cachorros vira-lata, quero dizer que em todos esses
exemplos, sempre se sobressaem os que são “especiais”!
Mestre
é um título de ofício, de trabalho, de um pescador que se destaca dentre todos
na sua comunidade e é consagrado por todos! E assim acontece com todos: pintor,
músico, capoeira, etc. É preciso que haja uma força maior a fim de que defina
quem deva ter essa consagração dentro da comunidade que atua!
Grão-Mestre,
para mim, é um título místico, dado principalmente pela maçonaria, entidade que
existe há muito na nossa sociedade e que de forma secreta e fechada, tem uma
normatização própria que confere esse título a alguém dos seus membros.
Recentemente
um discípulo meu, que também é mestre, mestre Skisyto, afirmou
que o que está acontecendo na capoeira: é porque ela não tem dono!
Respondi
ao “gafanhoto”, que era isso que eu achava interessante na capoeira, ela não
precisa de dono, nós que vivenciamos dentro da sua energia, percebemos de
maneira empírica, quando ela determina, adequa as normas, mesmo de maneira
implícita, mas que sentimos que tem força de fato!
Percebo
que não é preciso ser doutor na capoeira para entender isso, a grande maioria sabe
diferenciar muito bem, por terem um olhar crítico natural, a capacidade de
identificar o que é certo e desconfiar do que é errado!
Trago
essa discussão à tona antes que algum aventureiro embarque neste navio, quando
ainda há tempo de não cair nesta cilada.
Também
chamo a atenção essa inversão de valores que está começando a aparecer no nosso
meio! Quem está graduando o Grão-Mestre, são os próprios alunos daquele mestre
e isso é no mínimo estranho, pois nesse momento, essa consagração é reconhecida
somente por aqueles que estão envolvidos diretamente com o seu mestre, o
universo da capoeira, não participa deste evento!
Vamos
esperar meus camaradas, que como um capoeira de coração e atitude, sejamos
algum “Capoeira Especial”!
Brasília,
DF, 1 de janeiro de 2014
HÉLIO
TABOSA DE MORAES - Mestre Tabosa
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
2014 - soma - 7 “A MÍSTICA DA CAPOEIRA”
Ano
das revelações, quando a congruência dos astros se equilibram e emanam aos
homens, esta energia, que também se equilibram, procurando neste contexto quem
sabe, a união!
A
vida nos ensina que, quando existe amor no que fazemos, não existe perda, porque
o amor soma e transforma!
Por
esta razão, me transporto agora ao ano de 1974, ano em que abri a Academia Tabosa,
e me deparei com o desafio de criar uma sistematização de graduação, cujo
anseio dos alunos me exigia que assim o fizesse, uma vez que naquela época,
quase nada existia neste sentido.
Era
necessário termos uma forma disciplinar e educacional, pela qual podíamos acompanhar
a evolução técnica do aluno, compensando-o com um reconhecimento deste esforço,
através da ascensão que o sistema de graduação contemplava.
Para
quem não dá aula, isso fica de difícil compreensão, mas, para quem milita nesta
área do esporte de luta, principalmente, nos ajuda em muito atuar no lado
psicológico dos nossos alunos, satisfazendo seus egos!
Passadas
quatro décadas do sistema de graduação que criei, apesar do tempo não existir,
quando ele na verdade é um estado da consciência muitas vezes marcado pelos
nossos feitos , deparo-me, pesquisando pela internet, com um artigo do “Jornal
de Brasília” datado de 15 de Abril de 1979, disponibilizado pelo site da Funarte-INF,
em que o Zulu dá um depoimento que vem ao encontro deste assunto, e que ele faz
um registro desta minha graduação, onde afirma que usa esse sistema com seus
alunos a partir de então!
Para
quem quiser ter acesso a esse registro, pode seguir os passos que eu fiz pela
internet: primeiro, digita o título - sistema de graduação Tabosa-Zulu. Uma tela
vai abrir e se não mudou, o quarto item
está escrito-CDU, clica-se neste
item e entra uma outra tela pedindo para digitar à esquerda no alto, no campo
indicado - sistema de graduação, pronto,
entra a tela com a reportagem em questão.
Vale
lembrar que quando fiz esta graduação, tinha em mente, entretanto sem nenhum
cunho religioso, homenagear aqueles que para mim, oprimidos pela escravidão,
pela solidão, pelo banzo da saudade de sua terra natal, África, tiveram a força
de criar uma luta de resistência, munidos por um dos três maiores pilares que
equilibra um ser humano em seu estado psicológico, que são: trabalho, família e
a crença, que é à força de uma religião.
Como
sabemos, trabalho, inexistia, pois eram mantidos escravos; família, dissipada
pela separação abrupta da escravidão; só restou mesmo, a crença para mantê-los
de pé! Crença essa que procurei me amparar, na tradição da África, baseando-me nos Orixás.
Como
seus rituais, tem muita correspondência do lugar do continente africano em que viviam,
achei prudente me basear nos Orixás que regem a Umbanda, que são sete, uma vez
que a umbanda sintetiza no Brasil, a religião africana! Assim eu fugiria da
polêmica que as nações do Candomblé têm. Devo aqui uma explicação de como tudo
aconteceu, que também por uma questão do acaso, tive a necessidade de fazer esta graduação, baseada nos Orixás!
Estava
no Rio de Janeiro, já voltando para Brasília, e não tinha conseguido junto a
Senzala, trazer o sistema de graduação que eles usavam!
A
Senzala, devo dizer, que era um grupo de capoeira que eu tinha muita afinidade,
pois participei dos três momentos do Berimbau de Ouro, junto com eles!
O
grupo Senzala tinha um sistema de graduação, cujo embasamento não tinha muita lógica,
onde o próprio Peixinho, não sabia dar uma boa explicação das razões das cores, nem da hierarquia da sua graduação!
Foi
então que em outro momento, pensando em como poderia criar um sistema de
graduação, percebi que estava em frente a uma casa que vendia artigos de
Umbanda, e que algumas contas guias, me chamaram a atenção! Aproveitei e
comprei uma guia que regia a Umbanda, com seus sete Orixás!
Para
manter aquela força do acaso, segui as cores da mesma forma em que estavam
alinhadas na guia, ou seja: azul, marrom, verde, amarelo, roxo, vermelho e branco.
Como
disse, para fugir da polêmica dos Orixás no estudo do Candomblé, fiz um estudo
baseado no livro de Umbanda “o livro do exército Branco de Oxalá” de Marcio
Barcelos, que assim determinava: Azul- Iemanjá, Marrom - Xangô, Verde - Oxóssi,
Amarelo - Iansã, Roxo - Oxum, Vermelho - Ogum e Branco - Oxalá.
2014,
um ano de revelação e também de harmonia devido a sua soma ser sete, número
cabalístico, que simboliza dentre outras coisas, Sorte!
Fico
com o coração aberto, no ensinamento vindo, de novo, da nossa irmã África, que ao
apagar das luzes do ano de 2013, Nelson Mandela nos deixou um legado: que
através do esporte se une uma Nação, mas através de um exemplo de humildade,
procurando sempre se harmonizar com os outros, se uni várias nações e crenças,
vide em sua partida para o outro plano, ou seja, “o andar de cima”, ele uniu o
Planeta, com a presença de diversos presidentes, de diversas Nações e crenças, que
vieram prestar suas últimas homenagens!
Devo dizer que bem no início do uso desta graduação em questão, Zulu, teve interesse em até me ajudar a desenvolver, tentando, além do embasamento dos Orixás, que eu já tinha criado, uma justificativa outra que viesse somar, quem sabe, visto por uma outra ótica, ajudaria o leigo, a ter uma melhor compreensão deste universo, da capoeira!
Também
aproveito para registrar, que tenho informação que muitos grupos usam esse
sistema de graduação que eu criei, não só no Brasil, mas também em outros
países! O que me deixa obrigado a
ratificar e explicar como foi todo esse
processo de criação.
Como
o “acaso“ com sua energia própria, cria o momento de um fato existir...
É
hora, é hora!
Iê!
É hora, é hora, camará!!!
Brasília,
DF 27 de dezembro de 2013
HÉLIO
TABOSA DE MORAES
Mais detalhes no link abaixo!
Jornal de Brasília, datado de 15 de Abril de 1979 - Site da Funarte - página 3
Digite no campo de pesquisa do site: Sistema de Graduação
Mais detalhes no link abaixo!
Jornal de Brasília, datado de 15 de Abril de 1979 - Site da Funarte - página 3
Digite no campo de pesquisa do site: Sistema de Graduação
http://www.docvirt.com/WI/hotpages/hotpage.aspx?bib=CDU&pagfis=2355&pesq=&esrc=s&url=http://docvirt.com/docreader.net
Clique na imagem para ler a reportagem realizada com o Mestre Zulu pelo Jornal de Brasília em 1979 sobre o Sistema de Graduação da Academia Tabosa.
Clique nos links abaixo para ler outras publicações escritas pelo Mestres Tabosa sobre o Sistema de Graduação, inserindo documentos na sequencia dos fatos e a Live sobre o assunto
A Quem Interessar Possa:
Sistema de Graduação criado por Mestre Tabosa para a Academia Tabosa:
História do Mestre Tabosa incluindo a do Sistema de Graduação:
Palestra ministrada pelo Mestre Tabosa para o Grupo União sobre o Sistema de Graduação da Academia Tabosa:
Live do Mestre Mula entrevistando Mestre Tabosa sobre a sua Graduação:
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Mestre Tabosa na Formatura de Mestre do Grupo Raízes do Brasil
A convite do Mestre Ralil, Mestre Tabosa esteve presente na formatura de Mestres do
Grupo Raízes do Brasil, realizado no dia 06/12/2013 para homenagear, entre outros, o formando Brucutu.
Clique no link para ver as fotos do evento: https://plus.google.com/photos/107127088215814584599/albums/5964154304208357793
sábado, 7 de dezembro de 2013
VISITA DO MESTRE TABOSA - CAPOEIRA UnB
A
convite de Luiz Renato Vieira, Mestre Tabosa ministrou palestra no dia
05/12/2012 sobre
“A História da Capoeira”, realizado na Universidade de Brasília - UnB.
“A História da Capoeira”, realizado na Universidade de Brasília - UnB.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Mestre Tabosa no Batizado anual do Centro Cultural Porão Capoeira
Mestre
Tabosa esteve presente na cerimônia de Batizado e entrega de cordas anual do
Centro Cultural Porão Capoeira, realizado dia 23/11 /2013 no colégio CEMNB do
Núcleo Bandeirante.
Mais fotos
Grupo Porão do Mestre Fred Guaraná |
Assinar:
Postagens (Atom)